Aprender qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, depois de velho, é difícil. Podem ser novos processos no trabalho, novas tecnologias ou mesmo novos jogos de videogame (Não consegui jogar jogos tipo Fortnite até hoje). E no Xadrez não está sendo diferente.
Assim, relendo o que escrevi a alguns meses atrás sobre Aberturas (Divididos neste e neste Posts), vejo que faltou muita coisa, detalhes que peguei de lá para cá, principalmente nas partidas que tenho jogado agora como rotina, graças aos jogos por correspondência. Muita coisa que coloquei na época eu havia lido e ainda não colocado em prática, de modo que agora tenho uma visão um pouco melhor sobre o assunto e, assim, resolvi voltar a esse tema aqui no Blog. É claro que a base dos textos é a mesma (não muda-se a forma de iniciar a partida), mas a minha visão que melhorou.
A ideia é complementar o que eu já havia escrito anteriormente com a minha experiência nos jogos (inclusive se não leu os Posts anterior ou não se lembra do que está lá, é melhor ler primeiro e voltar aqui)
Foco no Básico!
Escolha uma ou duas aberturas e foque nelas. Esqueça que existem variações e afins. Pegue uma Abertura com as Brancas e duas com as Pretas (que dependem do que o seu oponente vai fazer) e fique preso a elas. Experiências podem ser feitas, mas são melhor aproveitadas contra algum oponente contra o qual você comece a jogar com maior frequência. Dominadas essas primeiras aberturas (estou chegando lá) começar a ampliar ou pouco mais.
Além disso, fica de olho no que os oponentes estão fazendo, já que pelo menos na teoria você está jogando contra oponentes com um nível de conhecimento semelhante ao seu. Assim você começa a ver o tipo de jogada que está sendo feita para conter o seu jogo (erros e acertos) e pode ir aos poucos incorporando no seu jogo. Dia desses eu gostei da abertura de Brancas de um oponente e o repeti nas minhas duas partidas seguintes.
E depois?
Um erro que cometia na época do primeiro Post era focar apenas na Abertura, que se limita a poucos movimentos. Agora já vejo a importância de considerarmos alguns dos movimentos que vem em seguida ou então ficamos perdidos ao que estamos fazendo.
Assim como no Futebol, controlar o meio significa ter o controle do jogo (pode resultar em derrota, mas aumenta a probabilidade de vitória). Os primeiros movimentos com os peões devem ser justamente com esse objetivo, para em seguida dar espaço para os Bispos e Cavalos. Essa é a parte do jogo onde eles brilham e devem ser usados para controlar o máximo possível do tabuleiro. Esse é mais uma coisa que fui aprendendo com o tempo e, para não me perder, comecei a usar apenas os cavalos e peões e só recentemente tenho me arriscado mais com os Bispos. Nas primeiras vezes em que sai com eles os perdi muito rapidamente.
Enquanto é importante darmos espaço para Bispos e Cavalos, é importante resguardarmos as Torres e, principalmente, a Rainha. Ela é a peça mais poderosa do jogo e muitas vezes a tentação de jogar ela no jogo é grande. Mas também é um risco grande perdermos ela em uma fase onde os benefícios não valem o risco. Ao colocarmos ela em jogo, nosso oponente vai querer captura-la, daí enquanto ele desenvolve as peças nós ficamos movimentando apenas a Dama, tentando protege-la.
Ou seja, devemos nos ater em avançar com os Bispos e Cavalos no inicio do jogo e utilizar os peões para controlar o meio e abrir espaço para as demais peças. Pensando e escrevendo é simples, jogando nem tanto. Por isso é importante a prática. E como você só vai realizar a Abertura uma vez a cada partida, é importante termos um número cada vez maior de partidas para podermos testar e fixas as aberturas. Um terceiro ponto que muita gente não se preocupa é em tirar logo o Rei do centro do tabuleiro. É claro que não vamos sair passeando com ele pelo tabuleiro, mas a ideia é fazermos o Roque o mais cedo possível. Isso nos dá o benefício de ligar as Torres, que será de extrema importância para o meio do jogo (que tentarei tratar na próxima semana)
atualmente uso a abertura italiana por hábito. já tentei aprender a alapin, mas é raro usar e acabo esquecendo os lances. mesma coisa para a defesa siciliana.
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Eu uso uma mas não sei o nome. 🙂
Acho que a ideia é justamente começar a jogar meio no automático….
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