Aqui estamos nós, em pleno 7 de Setembro, dia da Independência do País, cada vez mais dependentes de um passado que não foi e um futuro que nunca virá. (Sim, falo daquele “País do Futuro” que adoramos bravejar)
O Brasil é basicamente isso aí. Sempre foi assim e sempre será. Pouca cultura, muita pobreza e todo mundo querendo se dar bem, se preocupando apenas com o seu. Do Flanelinha que “aluga” um espaço que não é dele ao Politico, de qualquer espectro, passando pelos pais em filas dupla na frente da escola, filas triplas e quadruplas nos retornos, nenhum respeito a filas nos transportes públicos… Nossa, a lista é maior do que a falta de empatia do brasileiro com o próximo.
Os motivos disso tudo eu deixo para quem sabe, para quem entende, como Sérgio Buarque de Holanda em seu livro “Raízes do Brasil”, onde descreve de uma forma bem atual (embora o livro seja de 1936) os motivos pelos quais nosso país não dará certo.
E vejo muita gente reclamando dos nossos políticos, mas sou obrigado a discordar sempre. Nossos políticos são uma representação fiel de nosso povo. Se ao invés de eleições tivéssemos sorteio para definir os cargos do legislativo teríamos os mesmos problemas, casos de corrupção e o esforço de trabalhar apenas em própria causa. Temos um judiciário que é dos mais caros do mundo, assim como dois menos eficientes, onde durante 3 meses do ano de 2022 ninguém vai trabalhar (60 dias de férias + 28 de feriados). E um executivo que dispensa comentários em qualquer que seja a esfera, onde temos um ex-presidiário disputando com um futuro-presidiário as eleições do cargo mais importante do país não com propostas e planos de melhoria, mas como torcida de futebol e tentando mostrar que o outro lado é o pior, enquanto o pior lado é o de cá.
O Pior lado é o nosso, de quem sustenta tudo isso. De quem vive um dia após o outro, pagando boletos (quando temos a sorte de estarmos empregados), tenta educar os filhos e viver com um mínimo de alegria e dignidade.
Nunca foi fácil ser brasileiro e sempre que um amigo ou parente consegue se livrar das amarras e seguir para algum lugar mais civilizado (parece difícil acreditar mas existem sim muitos ainda menos civilizados que aqui, principalmente para minorias e mulheres) é uma festa. É motivo de comemoração e alivio de que temos uma pessoa queria a menos tentando sobreviver nessa selva.
Eu sei que esse texto pode parecer um choro, ou uma forma de extravasar alguma coisa, mas não é. É apenas um texto dentro do que esse Blog se propõe que é escrever. E às vezes escrever assim, com o que vem na cabeça é bom, é agradável, ainda que nem sempre saiam coisas muito coerentes ou um texto primoroso.
E esse texto não é um lamento pelo simples fato que eu já desisti desse país tem tempo. Isso aqui não tem a menor chance de dar certo, nem hoje nem nunca. Pode ser eleito quem for, que as melhoras serão passageiras e esse andar em círculos de capivara manca seguirá para todo o sempre…
Resenha do Dexter 
A capivara é simpática, apesar de assustada, rsrsrsrsrs.
Um pouco de humor, mesmo que ruim, para dizer que seu texto rende um bom e proveitoso debate, mas, neste país, onde pouco e poucos leem e, menos ainda, sabem o que é debater, fiquemos com a leitura e os poucos que que se dispõem a conversar e sabem que isto é uma forma de debate.
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Um bom debate é sempre bem vindo.
E está cada vez mais raro nos dias de hoje.
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Nem me fala.
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Muito bom, velho. Palmas.
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