Paternidade: Os Primeiros Pontos a Gente Nunca Esquece

Quem me acompanha aqui já a algum tempo sabe que eu tenho um filho, um anjinho que vai fazer quatro anos no próximo dia 01. E quem não sabia, bom, está sabendo agora. E quem me segue no Twitter sabe que o pequeno ganhou seus primeiros (imagino que de muitos, embora espere que não) no último sábado. Aqui vou tentar relatar mais ou menos o que aconteceu, afinal, não foi uma experiência qualquer…

Tudo começou naquele sábado gostoso, friozinho e com chuva, véspera do dia dos namorados. Como era fim de semana da preguiça, resolvemos fazer logo pela manhã as compras da semana, daí voltamos para casa pois havia festinha (socialização com Coca-Cola e Salgadinhos) ao final do dia. Almoçamos, rolou aquele cochilo à tarde, banho e lá fomos nós para a festinha!

Salão bem cheio pois a área externa não dava para usar por conta da chuva (se daqui a umas semanas rolar um Post sobre COVID já sabem) e uma grande parte do salão tomado por uma imensa piscina de bolinhas, com dois pequenos escorregadores infantis dentro. Crianças correndo para todo lado, gritaria e caos (como toda boa festa infantil). Salgadinhos e Coca, para alegria do papai.

O pequeno ou estava correndo com os amiguinhos pelo salão ou estava na piscina de bolinhas, parando para comer vez ou outra só. Tudo muito bom, tudo muito bem, até que ouvimos um choro (pai e mãe reconhece o choro da cria, não me pergunte como, mas sempre sabemos quando é o nosso) e um comentário no salão: “Ixi, bateu a cabeça na parede”.

Ao que parece, o anjinho estava subindo nos pequenos escorregadores e pulando nas bolinhas. Errou o cálculo ou desequilibrou ao cair e bateu na parede.

Ouvimos o choro e fomos acudir (acostumados já a esse tipo de situação) mas enquanto ele vinha caminhando para a entrada da piscina na nossa direção, uma novidade: sangue. E não era pouco não… Ele parecia não perceber, pois certamente estava doendo, mas a camisa e a máscara já estavam bem sujos, sem falar no rostinho e na mão que levava ao rosto. Aí já rola aquele frio na barriga, principalmente por não fazer ideia a extensão do corte. Peguei ele no colo e, junto com a mãe, fomos para fora do salão. Ele ainda chorava e pessoas solícitas apareceram de todo lado para ajudar. Papel para ajudar a limpar o rostinho dele e o local do corte (até para eu poder avaliar melhor o que tinha acontecido) e gelo para fazer uma pressão e tentar reduzir o inchaço.

Com tempo ele foi acalmando (a mãe nem tanto) e pude ver melhor o corte. Não era profundo, mas pela minha experiência com corte (já tive alguns) precisaria de uns pontinhos. Tomamos a decisão de levá-lo para a emergência embora o desejo dele fosse voltar para a festinha para brincar. (Sério!) O sangue já não escorria mais mas era questão de encostar que abriria de novo.

Já na emergência do hospital fomos bem atendidos e colocados em uma sala a parte, já que o grande maioria de crianças lá estava com problemas respiratórios. O pequeno estava tocando o terror lá já, e a preocupação nem era o atendimento, mas saber se daria tempo de voltar para o Parabéns. Uma primeira pediatra avaliou e viu que não havia nada grave, mas que realmente os pontos seriam necessários, trabalho para outra médica.

Todo atendimento foi tranquilo, com o acidentado se comportando muito bem. Inclusive quando transformaram ele em um burrito humano para que pudesse ser dada a anestesia os pontos. Momento esse não presenciado pela mãe que achou melhor ficar de fora para não dar mais trabalho para os médicos. A limpeza do corte foi tranquila, havendo choro apenas quando a médica deu a anestesia (quem já levou sabe que queima gostoso) e depois nos pontos, pois mesmo sem sentir dor a pressão e a linha passando são sentidos (também digo isso por experiência própria).

Passado o susto (e os pontos) voltamos para casa e agora é manter o ferimento limpo e seco e aguardar até sexta-feira quando deverá tirar os pontos.

Ocultando o artista, mas está aí a obra…